CAIXA CULTURAL RIO JANEIRO APRESENTA EXPOSIÇÃO CIDADELA, DA ARTISTA VISUAL PARA AS INFÂNCIAS MARIA EZOU

Instalação interativa convida o público a adentrar uma cidade imaginária, com universos em miniatura que remetem ao tempo das infâncias, do encantamento e
da integralidade com a natureza

No dia 17 de maio chega à CAIXA Cultural Rio de Janeiro, Cidadela, a exposição individual da artista visual Maria Ezou, que convida o público para uma experiência imersiva no universo das infâncias, suas sensações e subjetividades.

Cidadela é uma instalação interativa, que materializa uma cidade imaginária e biocêntrica, uma fortaleza onírica onde os seres humanos, seus corpos, as casas e o restante da natureza são partes de um mesmo sistema: harmônico e fantástico.

Ao chegar na exposição, o público se depara com a cidade formada por 15 “casas-corpos” – esculturas feitas a partir do molde do tronco da própria artista, com diminutas janelas e portas em seu ventre, que dão acesso a minimundos imaginários. No interior de cada “casa-corpo”, o olhar curioso se depara com uma dramaturgia particular, dialogando com um aspecto diferente da infância, interconectado com o fluxo dos corpos e suas distintas emoções, o cotidiano das casas e as dinâmicas da natureza. Para contar cada história, o cenário e objetos, em miniatura, são animados por autômatos mecânicos e eletrônicos, pela transição de luzes e pela trilha sonora individual de cada casa, além de estímulos auditivos como o som das águas, do vento, do pisar na terra e do crepitar do fogo. Cada “casa-corpo” recebe também uma audiodescrição, que promove a acessibilidade.

O fio condutor das obras são as artes têxteis, que Ezou intersecciona com o teatro de animação, a arte eletrônica, o audiovisual, a literatura, as musicalidades e os autômatos artesanais. Ela ainda emprega técnicas auxiliares como marcenaria, serralheria artesanal e colagem e, por fim, as conecta a saberes como mecânica do movimento, arquitetura vernacular, biologia e agroecologia. Assim, Maria tece o enredo que resulta na narrativa maior, o mundo sonhado da Cidadela.

Para proporcionar uma experiência plena às crianças, a expografia respeita as dimensões dos pequenos, e os minimundos são localizados na altura do olhar da criança. Para os adultos, o convite é para que experimentem a Cidadela a partir do ponto de vista dos pequenos.

A exposição pretende reafirmar o corpo como espaço de autonomia e alteridade e, por isso, cada espectador escolhe sua trilha de visitação, descobrindo, em cada Casa, um universo particular e a temática inerente à infância daquela obra. Compõem a Cidadela as Casas Gestar; Infância; Memória; Amor, Raiva; Empatia; Espera; Afeto; Alegria; Proteção; Desafio; Preguiça; Liberdade; Medo e Tristeza.

Em Cidadela, o corpo de Maria Ezou é o corpo do universo. Raízes, corpo, montanha. Mulher-natureza, guiada por mapas, casas e seus interiores – cartografias que apontam para a direção coletiva. Cartógrafa dos afetos, parte das espacialidades e mergulha nas infâncias como um ato político. Onde o caminhar coletivo é o único possível.

Hoje as obras de Ezou estão situadas no campo das artes visuais, da performance e da instalação, mas, nos primeiros anos de sua trajetória, produziu muitos trabalhos para o campo das artes cênicas e com teatros de grupo, assim aprendeu e aprimorou seu ofício na lógica da colaboração e coletividade. Em a Cidadela, essa dinâmica segue presente. As obras da exposição têm a concepção e realização individual de Maria Ezou, mas contam com a colaboração de outros artistas e mestres de diferentes ofícios, que, convidados por Maria, trouxeram sua especialidade para o processo de preparação das obras. Entre os 17 convidados estão André Mehmari (produtor e intérprete musical); Heloisa Pires Lima (dramaturgia do movimento); Juliana Notari (dramaturgia do movimento); Mônica Cardim (fotografia artística); Leonardo Martinelli (composição musical); Willian Oliveira (desenvolvimento dos sistemas eletrônicos); Cristina Souto (desenho de luz), entre outros.

A exposição, que está na CAIXA Cultural São Paulo até 04 de maio, e depois da temporada no Rio de Janeiro segue para Curitiba, integra o projeto homônimo, Cidadela, que, em diferentes formatos, já passou, desde 2019, por Minas Gerais, Brasília e São Paulo e Fortaleza, somando mais de 34.000 espectadores.

Mais informações sobre o Projeto Cidadelahttps://www.exposicaocidadela.art/

Maria Ezou – Artista Visual para as Infâncias

Premiada artista, performer e educadora, Maria Ezou é porta-voz do movimento das artes visuais para as infâncias e trabalha o universo onírico e fantástico contando histórias imersivas e sensoriais. Com Licenciatura em Educação Artística (UNESP), chegou a cursar parte do Bacharelado em Artes Plásticas (FAAP) e tem formação em Cenografia.  Em uma infância de liberdade, experimentação e integralidade com a natureza, Maria foi uma criança curiosa e apaixonada pelo funcionamento das coisas, dos corpos, dos fluxos e dos lugares. Encantamentos que se tornaram estruturantes em sua obra. Filha de mãe arquiteta, entrou em contato com a arquitetura vernacular muito cedo e, ainda criança, viajou com a família pela América Latina, quando conheceu as cosmogonias Inca e Maia. O avô lhe transmitiu a paixão pelos autômatos, em seu “incrível quarto de invenções”. A cozinha de sua avó materna foi uma de suas primeiras inspirações para as manualidades artísticas e a máquina de costura, de sua outra avó, daria vida às suas primeiras criações têxteis. Ezou dialoga com o biocentrismo ancestral, de seu país e continente, e é possível identificar, em sua obra, o corpo biocêntrico; as espacialidades e seus fluxos, além do aspecto político. De modo não óbvio, reverencia aspectos culturais comuns aos povos originários do Brasil e da América Latina e revisita saberes desses povos para propor um diálogo das esperanças. A lida com o tecido, entremeada com o fazer artístico – lógica presente em culturas latino-americanas – é um dos exemplos em sua obra. Os campos de atuação de Maria Ezou são as artes visuais, a performance e a instalação, com a presença recorrente de autômatos e objetos sensíveis.  Ela respeita os tempos e o corpo expandido e integral das infâncias, por isso desenvolve obras analógicas e na escala das crianças. A artista das infâncias decoloniais, contempla diferentes contextos das infâncias. Entre seus trabalhos estão: Projeto Cidadela [Exposições: Cidadela-Corpo – Sesc Pompeia (2022), Cidadela Fotos – Circulação Minas Gerais, Brasília e São Paulo (2023), Cidadela – CAIXA Cultural Fortaleza, 2023/24];  Quadro bordado “Janelas do Céu”-  vencedor do CONTRASTES MAB FAAP (2003); Performance “Fauna InFesta“ – exposição Augusto de Campos, no Sesc Pompéia (2016); Direção de arte dos espetáculos “A Ciranda do Villa“ – indicado aos prêmios FEMSA e Cooperativa Paulista de Teatro; “Os Saltimbancos“, (2008)- indicado ao prêmio FMSA (2008); “O Príncipe Feliz“ premiado pelo 13º  Festival Cultura Inglesa (2009); “Grandes Pequeninos” Indicado ao Grammy Latino de Música (2010); “Mário e os Marias“, premiado pelo APCA de Melhor Espetáculo de Rua para Crianças (2012) e “Coágulo” – performance videoarte premiada no RUMOS Itaú Cultural (2021).

Ficha técnica

Exposição Cidadela
Maria Ezou – Concepção e realização
Colaboradores convidados
Mônica Cardim – Fotografia casa Memória
Heloisa Pires Lima – Dramaturgia do movimento e textos do Site
Juliana Notari – Dramaturgia do movimento e textos do Site
Gabriela Zuquim – Consultoria ambiental
Leonardo Martinelli – Composição musical
André Mehmari – Produção e intérprete musical
Marina Quintanilha – Animação da Casa Memória
Eduardo Salzane – Consultoria de arte mecânica
Willian Oliveira – Desenvolvimento dos sistemas eletrônicos
Cristina Souto – Desenho De Luz
Fábio Luiz Souza Gomes e Joseane Natali Domingos – Serralheria
Rager Luan – Modelagem das peças em fibra de vidro
Alê Noguchi – Modelagem das peças em bambu
Rita De Cassia Martins – Confecção das roupas das Casas
Mônica Cristina Rocha – Confecção casulos
Joana Bertolini De Araújo – Estagiária assistente
Wanessa Costa – Estagiária assistente

Itinerância CAIXA Cultural
CAIXA – Realização
Maria Ezou – Idealização e Direção Artística
Débora Bruno – Produção Executiva
Nany Gottardi – Locomotiva Cultural – Assessoria de Imprensa
Mônica Cardim – Fotos de Divulgação
Ana Muriel – Artes Gráficas
Laura Corcuera – Assessoria de comunicação
Kelly Gonçalves – Studio Âmago Mkt– Assessoria de redes sociais
Bruno José – Ilustração site
Alves Tegam – Transportadora

Serviço:
Exposição Cidadela
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro
Endereço: R. do Passeio, 38 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Data: de 17 de maio a 03 de agosto de 2025.
Abertura oficial: Dia 17 de maio, às 15h. No dia haverá visita mediada pela artista, às 15h, e oficina de plantio de sementes, às 17h
Funcionamento da exposição: Terça a sábado, 10h às 20h. Domingos das 11h às 18h
Classificação indicativa: livre
Entrada franca 
Agendamentos para grupos e escolas: equiperio@figem.com.br
Acessibilidade: A exposição conta com o recurso de audiodescrição e acesso para pessoa com deficiência

Programação Extra (sujeita à alteração):
Visita mediada pela artista – Dia 03 de agosto, às 15h
Ciclo de Debates “Diálogos Transversais sobre Arte e Infância” – Dia 31 de julho, às 18h
Informações: acesse o site
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal
Assessoria de Imprensa da exposição:
Locomotiva Cultural | Nany Gottardi

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